« A paixão não morre pelo que se diz, mas sempre pelas palavras nunca
ditas. Nada é mais deserto que o vazio da palavra que ficou por nascer. É
preciso dizer amo-te quando se ama. Odeio-te quando se odeia. É preciso dizer
todas as palavras, pois nenhuma palavra mata. A cada palavra pode-se
acrescentar sempre outra palavra, e cada palavra é movimento, é fruto, é vida.
Por isso, jurámos falar de tudo, mesmo tudo.»
IN: João Morgado (Diário dos Infiéis)