24 setembro, 2010

Fourth Day...

Mais um acordar lento, com o mesmo pensamento dos dias anteriores...é real? Aconteceu?
Respiro fundo, volto à rotina que me permita sentir que pelo menos existe esperança em dias melhores.
O melhor agora era pelo menos conseguir chorar, assim sabia que estava a digerir a "coisa"... mas nada. Há dois dias que tento deitar cá para fora e...nada!

Fiz a mala, logo lá vou até à Madeira.
Nada como uma viagem, de curta ou longa duração, para nos fazer desligar um pouco, esquecer um pouco esta realidade.
Pode ser que esta viagem faça pelo menos soltar umas gargalhadas, bem precisava. Sentir-me eu...
Fico a olhar para a janela, para o infinito. Oiço uma música de fundo que me dá mais um nó na garganta mas as lágrimas essas ainda andam longe.
Vi uma foto dele e fiquei assim parada a olhar. A lembrar desse dia e do que se passou durante essa tarde.
Tento no olhar procurar um sentido, uma resposta. Mas a resposta é amar de menos creio eu, quando queria ser amada demais. Contra isto nada a fazer não é?

Os sentimentos são assim, têm vida própria, e dimensões inexplicáveis.
Suspiro mais uma vez...vou para reunião e preciso de colocar aquela cara, aquela que não dê espaço sequer a perguntas, porque não sei nem quero respondê-las.
Só que há dias em que o sinto por toda a parte, tão longe e tão perto.
Só queria não pensar, não sentir, não nada. Esquecer durante uma hora já seria tão bom.
Dói demasiado só isso.

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