Pois é cá estou eu nas minhas super relaxantes férias.
O tempo não tem sido lá muito meu amigo, a chuva vai e volta…que fazer, estou numa ilha :)
Sendo estas as minhas segundas férias sozinhas em toda a minha vida, qual o balanço?
Sinceramente muito bom. Tenho dormido profundamente, alimentado bem, feito desporto e lido imenso.
Estou a adorar o livro de férias:
Vivo lindamente comigo mesma.
Nada melhor que estar longe de tudo e de todos para reflectir sobre muitas coisas e melhorar.
Concluo que quando se chega a este estágio emocional só podemos perceber o quanto evoluímos. Digo isto porque a maior parte das pessoas acha que passar férias sozinha numa ilha é quase anormal. Discordo. É preciso saber conviver, estar com amigos, namordado, familia, seja o que fôr, mas também é preciso saber estar sozinha. Diria mesmo que a maior parte das pessoas que conheço não só não conseguem estar sós como convivem muito mal com o seu Eu.
O que me parece um mau príncipio, se não conseguimos viver apenas com o nosso Eu, como irá alguém viver connosco?
Há uns tempos falava com um colega sobre a forma como as mulheres e os homens vêm o fim de uma relação.
Fiquei surpreendida com a análise dele. O que ele me dizia era que os homens são muito mais inseguros que as mulheres e que quando uma relação chega ao fim, o maior medo deles é se vão ficar sozinhos. Ao passo que as mulheres percebem que precisam de ficar sós para fazerem o luto.
Então com esse medo como príncipio, (eles) agrafam-se a qualquer maria que se lhes apareça porque assim fica tudo mais suave. Ainda na óptica dele, o que acontece é que passados 6 meses, quem sabe um ano, um belo dia acordam e olham para o lado e percebem que não era bem aquela mulher que queriam e nem conseguem explicar muito bem como lá chegaram, mas estão ali e talvez não devessem. Mas é easy going e não precisam de olhar para eles mesmos. Comparou aquilo ao mesmo que quando nos cortamos e colocamos um penso. Parece que desaparece mas a ferida afinal continua lá, está só camuflada. Mais dia menos dia um qualquer acontecimento mais grave vai trazer ao de cima a velha ferida.
Nunca tinha visto as coisas desta forma tão suscinta e crua, mas confesso que analisando bem tem um quê de verdade.
Não sei se é verdade ou não , mas eu penso que as pessoas deveriam sim fazer o luto das relações sem saltarem de umas para as outras. Analisar-se a si mesmos, perceber o que falhou, o que podemos fazer diferente…e onde erramos ou acertamos com aquela pessoa.
Mas entendo que seja muito melhor colocar um penso e amenizar de imdiato a dor. Quem gosta de sofrer? Que eu saiba ninguém (alguém dito normal).
Todos queremos uma solução rápida, porque vivemos num mundo de fast food, tem que ser tudo agora e já. A paciência é coisa de monges, não de comuns mortais.
E é creio eu, na procura destas soluções imediatas que muitos erram, e metem-se por atalhos à toa, achando que é lá que está o pote de ouro.
Há uma cena do filme Hitch, em que ela pergunta se ele quer viver uma vida mais ou menos ou uma vida cheia de emoção. Resposta é: love your life:
E é essa a pergunta que cada um de nós deveria colocar-se. Uma vida, uma oportunidade, um grande amor, viver em pleno ou a meio gás? Grande questão!
Bom dia!!! Vou para a praia, o sol está a chegar de mansinho. E amanhã já tenho companhia :) :)
xoxo
Enjoy Yourself :).
ResponderExcluirP.s. eu também gosto muito de estar sozinha (e com os outros) e bem ia uns dias só para uma ilha com a minha pilha de livros ahhhh que bom :)T.