16 janeiro, 2012

The sun is so shinny!

Eu sabia que ía ser apenas um dia (ou dois vá) mauzinhos e que depois ía melhorar. Ora ainda bem.
Escrevo estas palavras no meio de um vôo que me levará a Geneve dentro de minutos. Escrevo igualmente com um misto de paz e de calma que aterrou dentro de mim.
Depois de vários dias agitados, com as emoções à  flor da pele, nada melhor que sentir de novo esta calmaria. Obrigado aos meus anjinhos protectores
J
Tenho tantos pensamentos que nem consigo fazer layers em condições mas vou tentar.
Primeiro volto ao já recorrente tema que a mim me fastiga constantemente e se chama “posso fazer o meu luto da forma que bem me apetece?”. Sinceramente!

Cada dia me apercebo mais que hoje em dia passamos a viver numa sociedade sedenta de bem estar e de felicidade instantânea! Não há lugar para tristezas, lutos, desgostos, momentos menos bons, lamurias no fundo.
Ai de quem ouse lamuriar-se por esse facebook fora ou twitter! Vem logo aquele grupo que lê muitos livros de auto ajuda e sai aquelas frases feitas que qualquer motor de pesquisa também acharia. Enchem-nos com uma ou quiçá várias frases de auto ajuda tais como “está dentro de nós a felicidade”, “só depende de nós termos desgosto” etc etc etc. Como se de nós dependessem as amarguras que a vida nos vai causando…! Oh please, haja paciência!
Sobre quem assim pensa, não tenho nada a apontar. Agora pergunto: na realidade essas pessoas aplicam isso nas suas próprias vidas ou serão elas mesmo mal resolvidas pelo mesmo motivo?
Em suma, não há autorização para admitir que estamos mais em baixo, porque isso é sinal de fraqueza e passamos automaticamente ao lote dos coitadinhos!
Ora como já repeti, considero-me tudo menos uma coitadinha da minha vida. Sou uma pessoa cheia de força, e sobretudo perante as adversidades que a vida me foi colocando ao longo dos meus 33 anos de vida.
Mas também eu como qualquer guerreiro preciso do meu momento de luto para com ele tirar as lições a aprender, para com ele me fortalecer, para com ele crescer como ser humano.
Pobre de quem não o fizer, pois quem deixa gavetas mal fechadas, acreditem que o futuro vai voltar a abri-las e um dia terão que ver o que está lá dentro.
Não, não me considero melhor que ninguém. Não, a minha forma de pensar não tem que ser lei. Apenas é A MINHA.
Respeito, só peço isso, respeito pelo meu momento e pelo meu espaço, afinal é isso mesmo, MEU.
Vivemos infelizmente numa sociedade sedenta de Felicidade, quando todos sabemos que isso não existe. Existem sim pedaços de felicidade, momentos diria.
Mas a culpa é de todos nós, pois basta abrir um livro, ouvir a rádio ou ligar a TV e vemos um sem número de imagens em que só se procura a felicidade a todo o custo. Esquecendo porém que a vida é feita de doce e amargo, altos e baixos, tristezas e alegrias.
E penso que hoje em dia muitas pessoas entram em depressão porque tudo isto cansa –a procura- e é exaustivo.
Se quero sentir-me feliz com mais frequência? Absolutamente! Daria tudo para não passar pelo amargo e só ter doce neste momento.

Mas a vida é isto mesmo, sofrer e sorrir ao mesmo tempo.
Momentos de felicidade? Tantos!



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